Serafim França, nascido em Curitiba em 17 de agosto de 1888, é uma das figuras da literatura paranaense mais original, culta e ao mesmo tempo simples, que provoca orgulho a quem é nascido no Paraná ou mesmo no Brasil, que tem na sua obra uma fonte maravilhosa de amor à terra natal. Formou-se em Direito na Escola Livre do Rio de Janeiro, e exerceu vários cargos públicos no Paraná. Foi promotor público, Curador Geral do Juizado de Menores de Curitiba e redator na Assembleia Legislativa do Paraná. Escreveu para a revista Olho da Rua, escreveu peças teatrais, poemas contos, novelas, romances e fábulas, além de textos de humor. Foi um dos fundadores da Academia Paranaense de Letras e da Academia Amazonense de Letras. Consulte mais na fonte WIKIPEDIA.
Serafim França morreu em 14 de novembro de 1967, após uma vida repleta de atividades importantes e admiráveis.
MINHA TERRA
Vinde ver minha Terra, homens famosos,
Terra cordial, de gente que ama e sonha.
Os cenários daqui maravilhosos,
as amplas raias do horizonte abertas,
onde a imaginação clara e risonha
tem, para a idealidade, asas libertas
Vinde ver minha Terra, apaixonados,
almas felizes que viveis cantando.
São jardins florescidos nossos prados,
e são garimpos de mil gemas, quando
tombam se estilhaçando nas cachoeiras.
Nossos pontos cardeais vão ao infinito.
Confinamos com o céu, que é azul e lindo.
Vinde ver o mais rico poema escrito
pelo sublime Poeta do Universo,
onde o rei vegetal, a copa abrindo,
do canto verde é o mais glorioso verso.
Nossas serras se lançam às alturas
enquandrando painéis maravilhosos,
com o mais rico capricho de molduras.
Cada planalto aqui, gleba de escol,
é um altar de aparatos majestosos,
onde oficia o grande deus - o Sol!
O homem daqui se afirma sobranceiro
com a fibra das mais fortes eugenias.
Tem como paradigma - o pinheiro!
A audácia verde que no azul se lança,
como uma fronte cheia de harmonias,
cheia de sonho ardente e de esperança.
As mulheres daqui, ó vinde vê-las
para a festa dos olhos encantados!
São altivas e fulgem como estrelas.
E quando o amor sua flâmula descerra,
terra de poetas e de namorados,
é todo um quente idílio a minha Terra!
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